terça-feira, 29 de junho de 2010

A Visão Mágica do Mundo.

Sabe como o dicionário Houaiss define as palavras "superstição" e "crendice"? Como a "crença ou noção sem base na razão ou no conhecimento, que leva a criar falsas obrigações, a temer coisas inócuas, a depositar confiança em coisas absurdas, sem nenhuma relação racional entre os fatos e as supostas causas a eles associados". Ou seja, é acreditar em fatos ou relações sobrenaturais, fantásticas ou extraordinárias e que também não encontram apoio nas religiões ou no pensamento religioso. As crendices e superstições, na verdade, são vestígios de um passado (nem tão) remoto, em que o ser humano tinha uma visão mágica do mundo, acreditando que diversos fatores sobrenaturais podiam interferir diretamente no seu dia-a-dia. Esse modo de pensar foi-se transmitindo de geração a geração, em especial entre as camadas populares, que foram mantidas à margem da evolução do conhecimento científico; acabando por ser incorporado no dia-a-dia de todos, traduzindo-se em hábitos e gestos.
As superstições participam da própria essência intelectual humana e não há momento na história do mundo sem a sua inevitável presença. A elevação dos padrões de vida e outros tantos domínios são viveiros de superstições velhas, renovadas ou readaptadas. Portanto, não é preciso ser pobre nem ignorante para ser supersticioso. Como diz o ditado, "não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem". E como existem... né, Fredegunda?!

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