quarta-feira, 6 de maio de 2009

A Força dos Elementais da Natureza.

A tiavóbruxa da Fredegunda contava as mais belas histórias de elementais da natureza, de todas as coisas que envolvia o ambiente e os seus mistérios. Essa história, foi Fredegunda quem me contou e quem contou pra ela, foi a sua tiavóbruxa Marcelinuxa: Depois de muito tempo longe de seus afazeres mágicos, o gnomo Hortires, amigo da tiavóbruxa da Fredegunda, voltou a sua velha árvore. Com o coração calejado pelas maldades que viu pela Terra, já não era mais o mesmo otimista de tempos atrás.

Olhou em volta e viu que cresciam muitas ervas daninhas em seu outrora lindo jardim. As rosas deram lugar a espinhos, a grama ao capim e muitas árvores haviam sido cortadas. A relva não mais brilhava como um diamante ao sol da manhã. Um fosco escuro dominava a paisagem. No ar o cheiro ocre do enxofre. No céu as nuvens das chaminés ocuparam o lugar do sol e do luar. Hortires, no tempo em que esteve fora, ocupado em não sentir a escuridão da alma, se colocou a meditar. Então, quando chegou, como um furtivo fantasma, aproximou-se da porta da amiga Marcelinuxa, empurrou-na lentamente sobre as dobradiças resistentes e um certo cheiro de mofo subiu-lhe às narinas. Teve receio de olhar... No escuro, ouviu uma voz que repetia em refrão: “Quando a gente quer, a gente pode... Quando a gente acredita, faz acontecer..." Então, ele se lembrou das palavras da sábia amiga: “A fé humana é a força que move os milagres...”

Hortires se aproximou daquela linda pessoa que sempre esteve por ali e lhe abraçou. O cheiro de mofo deu lugar ao perfume de lavanda, ao aroma do novo, à essência de toda fé e esperança.

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