A voltinha na vassoura.

Depois que a conheci, Fredegunda veio aqui em casa novamente, mas dessa vez para cumprir a promessa que me fez: dar uma voltinha de vassoura!

Já eram três e meia da manhã quando ela apareceu em frente a minha cama e puxou o edredon. _Vambora! Ela disse com euforia. Sentei na cama e não entendi o que ela queria dizer. Eu estava sonolenta...

_ Vamos, então! Falei isso e deitei de novo. Despertei com a Fredegunda me arrastando pelas mãos.

_ Você vai adorar o passeio! Me colocou sentada na vassoura e só ouvi ela dizendo: _Seguuuraaaaa!!! Subimos direto, numa arrancada só.

Tremi gelada de frio e de medo.

_ Repete comigo: Zenzimbalu!!!Zenzimbalu!!!

Mas eu não conseguia pronunciar uma só letrinha, de tão assustada!

E ela gritou mais uma vez:

_ Repete, Lili! Zenzimbalu!

Abri os olhos e tentei repetir:

_ Zenzen...zim...ba,ba,...luuuu! Zenzimbalu!

E, pronto! Passou o mal-estar, o medo e de quebra, comecei a sentir um carinho do vento. Foi uma experiência espetacular!!!

Passeei pelo meu bairro, pela minha cidade... ela ainda me levou até o lugar aonde mora. Vi tudo do alto! Que passeio incrível! Até vi umas pessoas nas ruas, mas ninguém me viu... Eu estava passeando muito alto, né? Vai ver que foi por isso que ninguém viu o meu passeio. Não sei porquê não acreditam quando falo que voei de vassoura com a Fredegunda. É a mais pura verdade!