Fredegunda, há muitos anos atrás, saiu em sua vassoura procurando um exemplar daquilo que representasse a maior beleza do mundo. Algo que fosse único, especial, raro, que só de olhar pudesse se perceber que nada poderia existir de mais lindo. Voou por todos os lugares... Viu flores delicadas e raras, borboletas leves e coloridas, o verde matizado misturado às incontáveis cores da flora, o azul cristalino e hipnotizador dos mares e oceanos, águas que cintilavam em enormes e potentes cascatas, o colorido alegre e atrativo do imenso arco-íris, o movimento em inúmeras cores das aves, a especialíssima beleza de formas da fauna... tantas belezas, tantos raros exemplares... e Fredegunda se perguntava: Qual dessas tantas belezas é a mais especial?! Fredegunda não conseguia mensurar... voltou para casa sem qualquer exemplar.
Fredegunda não conseguia tirar do pensamento a imagem de todas as belezas que vislumbrou e com isso, sentiu que seu coração ficou mais leve, mais sereno, mais contente... O sentimento de conhecer e poder conferir tais belezas modificou a inquietação do seu coração apenas pela simplicidade de saber que a beleza está em tantos lugares e formas, em tantos detalhes... em cada olhar! Fredegunda lembrou imediatamente da citação que leu no livro "O Pequeno Príncipe", de Antoine Sain't Exupéry: "Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos."
